INDULGÊNCIA

Indulgenciava um sem número de atritos mal concebidos e ainda pior acabados. E para quê? Que valor tem isso agora? Para ti são pequenas vitórias com o tamanho de toda uma consciência, e para mim, pequenos nadas, mas para quê? Certo é que para ti eram caminhadas no deserto culminadas no reencontro do oasis, e para mim apenas uma palavra, mas será isso importante aqui e agora? Terei eu o eterno alvedrio para o fazer? Creio que não. Já não é importante. Já não é consistente. Já não é duradouro. Mas fá-lo-ei por ti, e porque tu és importante enquanto ser pensante, indulgenciarei o que for necessário para relaxar o turbilhão de cãimbras mentais que assolam o teu ser, dia após dia.

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