PROBIDADE

Entre as palavras propagadas da essência para o papel, navega o sentido crítico, ainda que abafado pelo livre arbirtrio. Ainda bem que o abafa, ou a probidade tomaria conta da prosa. Mesmo asism, filtra-a e não permite que mesmo tropologicamente, as palavras sejam puras. Saem sempre embelezadas pelos anos habituadas ao teatro correcto. Correcto e padronizado segundo uma filosofia imposta pelos habitantes daquele lugar. Agora, agora que o caracol partiu a casca e aferiu a luz do sol e a brisa do mundo, não escreve mais com probidade, não mostra mais aquele cenário. E então, será esta a realidade daquele lugar, ou apenas outra peça criada, outra casca que no caracol surgiu, outro cenário elaborado na espiral da sua própria existência?

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