Não sei se posso ser um pássaro porque não tenho asas. Preferi chamar-lhes tentáculos para tudo agarrar, aproximar, conter e melhor observar.
Não sei se posso ser a tua dor, apenas o renascer da ave de fogo que das cinzas dela te leva a voar.
Não sei se posso ser o teu paladino, mas asseguro-te sentar-me na Távola que partilha os mesmos ideais.
Não sei se posso ser o teu dragão, não tenho asas, mas as plumas e as magias poderão envolver-te.
Não sei se posso ser poeta, apenas tentar traduzir aquilo que alguém dentro de mim quiser falar-te.
Não sei se posso ser rei, apenas ajudar os meus cavaleiros a sentar na Távola e em mim confiarem.
Não sei se posso... ou sei?
2 comentários:
sabes... sabemos sempre....
bjs
cpalma
Querida,
Por vezes sabemos, por vezes não sabemos, por vezes não queremos saber, por vezes queremos saber, por vezes não nos dizem, por vezes dizem-nos e não ouvimos, por vezes dizemos e não ouvem, por vezes...
Enfim, sei lá. Tudo é metáfora, tudo é utópico, tudo é poesia.
Bjs,
Nuno
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