Desejo


Percorro a rua prolongando os bolsos de braços esticados como se a tentarem chegar ao chão.
As pedras da calçada tocam-me nos olhos e a mente vagueia-me por onde seria impossível encontrá-la... 
Tudo isto sem sair do mesmo lugar.
Tudo isto com a Lua como solitária testemunha deste incomensurável desejo que consome até viver.
Não é tristeza ou sequer decepção.
É a teimosia do relógio que resiste às horas de acção.

2 comentários:

São Rosas disse...

Recargas n'a funda São é que nem por isso...

Nuno Salvação disse...

Tenho escrito pouquíssimo... pouquíssimo...

Espera só um bocadinho. Já regresso! Já regresso.

Beijos,
Nuno