Se para o que procuro saber, pareces não ter luz, porque hei-de manter as minhas raízes, fortes, ramificadas, sob o chão que pisas diariamente?
Se persigo a utopia, o inatingível, o infinito, porque não abrir a janela ao vento aprisionado, a seguir a tua direcção sem rumo, trilho inacabado que na realidade não chega a lugar nenhum?
Não! Eu quero atingir as estrelas, conhecer as órbitas dos planetas que nunca sonharas existir, e para isso, não poderei sonhar lado a lado com quem não abre a porta, receando o desconhecido.
Carrego o discurso elefantíaco das palavras que ficaram por dizer. E por isso cada vez são mais, cada vez mais pesadas, contundentes, dilacerantes e insuportáveis para um simples ser humano.
Será que durante muito mais tempo conseguirás suportar em ti a besta que não sabes que és?
4 comentários:
Fantástico este teu post...tem muito que se lhe diga...
...deixaste um rasto no Caminho...
Beijo sem trilho :)
Eheheheh, Stargazer :)))
Deixei um rasto?
Ainda bem. Alguém poderá querer segui-lo...
Obrigado,
Bjs,
Nuno
Um texto poderoso e até um bocadinho zangado, de um homem cuja modéstia o engrandece absolutamente.
Um abraço,
Jorge
Jorge, obrigado - antes de mais - pelo elogio.
Zangado sim, mas não rancoroso. Por vezes apenas temos que verter para algum lado aquilo que pensamos.
(Agora que o li depois de algum tempo, reparei que está um pouco forte... :)))))))
Abraço,
Nuno
Postar um comentário